O Novo Olhar sobre os Cargos de Liderança no Ambiente Corporativo
Denise Assunção, psicóloga com vasta experiência em departamento pessoal e recrutamento & seleção, lança luz sobre um fenômeno em ascensão: o desinteresse crescente por cargos de liderança. Não se trata apenas de uma questão geracional, mas sim de uma mudança profunda nos valores e prioridades dos profissionais, especialmente após os desafios impostos pela pandemia da Covid-19.
Ao longo dos anos, houve uma transformação nas dinâmicas corporativas, com um movimento crescente em direção a uma abordagem mais equilibrada entre vida pessoal e profissional. Anteriormente, o sucesso na carreira era frequentemente definido pelo progresso hierárquico e salarial. No entanto, hoje em dia, a qualidade de vida e o bem-estar emocional ganham destaque como objetivos igualmente importantes.
Uma pesquisa recente conduzida pelo Future Forum, da Slack Technologies, reforça essa tendência, revelando que os cargos de liderança estão entre os mais suscetíveis ao burnout. Com 43% dos gestores intermediários e 37% dos líderes sêniores relatando esgotamento, fica claro que há uma necessidade urgente de abordar o bem-estar emocional dos líderes dentro das organizações.
Denise destaca que, apesar dos esforços em torno da saúde mental no ambiente de trabalho, as lideranças muitas vezes são deixadas de lado. É fundamental reconhecer que os líderes desempenham um papel crucial na promoção de um ambiente saudável e de apoio mútuo. No entanto, muitos deles não estão preparados para lidar com as complexidades emocionais que surgem no exercício de suas funções.
Diante desse cenário, é imperativo que as empresas invistam em programas de capacitação e suporte emocional para seus líderes. Somente assim será possível garantir não apenas o bem-estar individual, mas também o sucesso e a sustentabilidade das organizações a longo prazo. É hora de reconhecer o papel vital das lideranças no cuidado com a saúde mental no ambiente corporativo.